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Lilo & Stitch volta a fazer chorar depois de 23 anos em ótimo remake da Disney

  • Foto do escritor: Fabrício Girão
    Fabrício Girão
  • 20 de mai.
  • 4 min de leitura

Novo remake em live-action da Disney foi inicialmente pensado para o Disney+, mas recebeu upgrade e chega aos cinemas nesta semana.

Imagem do filme Lilo & Stitch
Divulgação/Disney Animation

Precisava mesmo de um remake em live-action de Lilo & Stitch, uma animação que foi lançada esses dias? (23 anos atrás, mas mesmo assim) A resposta provavelmente é não, bem como também não precisava de um live-action para Moana, uma animação que mal completou 10 anos de lançamento ainda (mas esse assunto fica para o futuro).


Mas o que é fato é que o live-action de Lilo & Stitch chega aos cinemas nesta quinta-feira (22) depois de alguns anos em desenvolvimento e de ganhar um upgrade do Disney+ para as telonas. E, desafiando todas as previsões mais pessimistas, incluindo a de quem escreve essa crítica, o filme é um dos melhores remakes que a Disney fez até hoje. Lilo & Stitch é o raro exemplo de live-action que entende todas as qualidades do material original, transpõe bem o melhor delas para esse mundo realista e faz adaptações que ajudam a deixar a mensagem da história ainda mais emocionante.



Muito disso se deve às duas estrelas. De um lado, Maia Kealoha no papel que fará dela uma estrela e do outro Stitch, com a voz icônica de Chris Sanders no original e de Márcio Simões na versão dublada. A animação é tão boa porque o laço criado entre esses personagens é genuíno, e isso permanece intacto na nova versão.


No mais, Sydney Agudong faz um excelente trabalho como Nani e cria uma relação muito tocante com a Lilo de Maia em cena, transbordando o amor e o carinho entre essas irmãs que tem uma a outra como única ohana que lhes restou. O drama vivido pelas personagens ganha mais camadas nessa adaptação, o que torna o peso emocional mais palpável.


Lilo e Stitch em Lilo & Stitch, da Disney
Divulgação/Walt Disney Studios

Amizade disfuncional


Se a Lilo e o Stitch não funcionassem, todo o filme estaria fadado ao fracasso. E o risco era altíssimo considerando que de um lado temos uma criança e do outro um alien de CGI. Só que a equipe liderada pelo diretor Dean Fleischer Camp, que traz seu talento para contar histórias emocionantes, soube garantir dois grandes acertos com os personagens.


Maia Kealoha é uma revelação como Lilo. Em vários momentos, é como ver a personagem da animação ganhar vida diante dos olhos. Ela incorpora Lilo na teimosia, nos trejeitos e na fofura, e entrega uma ótima atuação quando o filme pede dela uma carga dramática mais forte.



Ao mesmo tempo, a recriação do Stitch para essa abordagem realista em live-action é surpreendentemente bem executada. Se o visual peculiar do personagem poderia gerar estranheza ao trazê-lo para o mundo "real", qualquer pensamento nesse sentido desaparece quando ele entra em cena. O cuidado em garantir um visual crível para Stitch parece ter sido redobrado, e o personagem convence a todo momento. A textura é detalhada, a movimentação é fluida e ele esbanja a personalidade caótica e fofa do original.


Lilo e Nani em cena de Lilo & Stitch
Divulgação/Walt Disney Studios

Contornos mais reais


Apesar de todas as confusões, os alienígenas e o clima tranquilo do Havaí, Lilo & Stitch sempre foi uma história meio pesada sobre uma garota órfã de 18 anos, Nani, tentando ser a figura responsável por uma garotinha de 6 anos, Lilo. O drama está bem presente no original e a guarda de Lilo está constantemente ameaçada, mas o desenrolar da trama de Stitch por vezes rouba o foco.


No live-action, esse drama familiar volta ao centro com novas camadas muito bem-vindas. Nani ganha sonhos, planos que ela deixou pelo meio do caminho para se dedicar a cuidar de Lilo e tentar manter um emprego estável. Ao mostrar do quanto ela está abrindo mão por amor, o novo filme não só a humaniza ainda mais, mas aprofunda a relação dela com a irmã de uma forma que torna o desenrolar da história mais emocionante.


Jumba e Pleakley em Lilo & Stitch
Divulgação/Walt Disney Studios

Nem tudo funciona


Lilo & Stitch também tem seus erros e tropeços. O principal deles está na fotografia que por vezes mostra os cenários do Havaí, onde o filme foi inteiramente filmado, como lugares de cores mortas e apagadas. As cenas na casa de Nani e Lilo por vezes são desnecessariamente escuras, o que empobrece o resultado final. Quando comparado com a animação, que tem cores fortes e vibrantes nas aquarelas perfeitas dos cenários, a composição visual do live-action deixa ainda mais a desejar.


Jumba e Pleakley, personagens tão icônicos do original, também perdem um pouco do brilho nessa nova versão, fruto da decisão de deixá-los com visual 100% humano (na aparência dos atores Zach Galifianakis e Billy Magnussen) por boa parte do filme. Eles até aparecem bastante nas formas de alien, mas o CGI é bem mais inconsistente do que o do Stitch, por exemplo.



Ohana quer dizer família


Mantendo intactos o espírito e a emoção do original e novamente encontrando uma conexão emocional genuína entre seus protagonistas, Lilo & Stitch volta a levar às lágrimas depois de 23 anos em um remake em live-action que entende o material original e que consegue construir em cima dele de forma inteligente.


Pôster oficial de Lilo & Stitch

Lilo & Stitch

Ano: 2025

Direção: Dean Fleischer Camp

Elenco: Maia Kealoha, Chris Sanders, Sydney Agudong, Zach Galifianakis, Billy Magnussen, Kaipo Dudoit, Courtney B. Vance, Tia Carrere e Amy Hill.


Lilo & Stitch faz chorar (de novo) mantendo o espírito e a emoção do filme animado intactos.


Nota: 4/5

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Foto de Fabrício Girão, criador do AD

FEITO POR FABRÍCIO GIRÃO

@fabriciogiraob

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