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Perda familiar se transforma em plano meticuloso e sádico, mas eletrizante, em Operação Vingança

  • Foto do escritor: Fabrício Girão
    Fabrício Girão
  • 8 de abr.
  • 3 min de leitura

Novo filme de espionagem da 20th Century Studios traz Rami Malek como gênio da tecnologia que se torna agente de campo em busca de vigança.

Divulgação/20th Century Studios
Divulgação/20th Century Studios

Charlie Heller (Rami Malek) é o típico exemplo do nerd introvertido. Tranquilo e sempre na dele, ele trabalha como decodificador na CIA e, ainda que tenha acesso a todo tipo de informação confidencial, isso nunca parecer ser suficiente para alterar sua rotina tranquila, que envolve voltar para casa e ficar na companhia da esposa, Sarah (Rachel Brosnahan).


Mas quando Sarah é assassinada durante uma ação criminosa envolvendo reféns e os superiores de Charlie recusam seus pedidos por uma ação mais direta de contra-ataque, ele se vê na obrigação de estourar sua bolha e buscar vingança com as próprias mãos, ainda que isso envolva perseguir pessoalmente criminosos internacionais altamente treinados e experientes.


É interessante como Operação Vingança joga nessa dualidade do especialista em tecnologia com zero aptidão de combate e confronto que precisa se tornar agente de campo por conta própria, redescobrindo não só seus limites físicos mas também os morais. Rami Malek sustenta muito bem o personagem, muito pelo fato de ele convencer bastante nesse estilo mais nerd, mas também por alcançar o drama exigido nessa transformação do personagens e reproduzir reações bem humanas às situações brutais em que ele se coloca.


Divulgação/20th Century Studios
Divulgação/20th Century Studios

Assistir ao meticuloso plano de vingança se desenrolando, enquanto Charlie usa de sua inteligência e dos sistemas de vigilância que ele mesmo ajudou a construir como suas únicas vantagens, é de fato o mais empolgante em Operação Vingança. Mas o filme demora bastante não só para estabelecer toda a situação inicial com a morte de Sarah, mas também para colocar o personagem em ação, o que deixa a experiência bem entediante. Só que quando os alvos começam a ser encontrados e Charlie mostra as formas com que pretende neutralizá-los, já que ele evita o confronto direto mas mantém certo sadismo, é difícil recuperar o fôlego. A cena da piscina no topo do hotel é ótima.


Operação Vingança também se beneficia de um excelente elenco de coadjuvantes. Nem todos ganham o destaque que merecem ou sequer são bem utilizados na trama, mas a mera presença de alguns deles dá bastante peso para as cenas. Quem mais se destaca, porque o roteiro permite que ele tenha mais espaço, é Henderson. Laurence Fishburne traz toda sua expertise e carga dramática para o personagem, que se torna o elo entre o desejo de vingança de Charlie e o custo real de realizá-lo.


Como é comum em filmes do gênero, acompanhar os desdobramentos da busca pelos assassinos, que acaba se estendendo para vários países, à medida em que Charlie também tenta se manter seguro e despistar os que buscam por ele é o que deixa o filme eletrizante, e Operação Vingança consegue estabelecer uma sequência constante de perigo e ação em sua segunda metade que faz valer a experiência, ainda que a narrativa pudesse ser mais objetiva.


Pôster oficial de Operação Vingança

Operação Vingança

Ano: 2025

Direção: James Hawes

Elenco: Rami Malek, Laurence Fishburne, Rachel Brosnahan, Caitríona Balfe, Holt McCallany, Julianne Nicholson e Michael Stuhlbarg.


Operação Vingança é um thriller de espionagem que trabalha bem tudo que é esperado do gênero, mas que poderia ser mais direto na narrativa.


Nota: 3.5/5



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Foto de Fabrício Girão, criador do AD

FEITO POR FABRÍCIO GIRÃO

@fabriciogiraob

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