top of page
Foto do escritorFabrício Girão

Missão Impossível: Acerto de Contas (Parte 1) - Crítica do Almanaque Disney

Tom Cruise comanda, mais uma vez, ação alucinante em nível de espetáculo e que mantém o alto padrão da muito consagrada franquia Missão Impossível.

Tom Cruise em Cena de Missão Impossível: Acerto de Contas Parte 1
Divulgação/Paramount Pictures

Com as discussões atuais acerca do avanço da Inteligência Artificial, os receios quanto a proteção de trabalhos autorais e os impactos na sociedade, seria uma grande coincidência que Missão Impossível: Acerto de Contas (Parte 1), sétimo filme da consagrada franquia de ação com Tom Cruise, tenha justamente uma IA como grande vilão. Mas apenas seria porque, se tratando de Tom Cruise, ele sabe exatamente o que está fazendo.


A escolha de colocar uma poderosa IA, chamada de A Entidade, como grande antagonista de MI7 é uma clara mensagem para a própria indústria cinematográfica, que está mergulhada em uma guerra sobre o uso da tecnologia em suas produções. De um lado, as equipes criativas (como de roteiristas) querem garantias que a IA não será utilizada para minar ou até acabar com seus trabalhos. Do outro, os estúdios querem aplicar a tecnologia em seus processos, inclusive os de tomada de decisão.


Nesse sentido, ao fazer da IA o inimigo a ser combatido e derrotado em Acerto de Contas (Parte 1), Tom Cruise defende a ideia, com provas bem contundentes, de que há coisas que só humanos muito comprometidos são capazes de fazer. O astro e produtor mantém o nível alucinante de ação da franquia, com grandes sequências ambiciosas que entregam entretenimento de altíssimo nível e que deixam pouco espaço para o espectador respirar, enquanto seu Ethan Hunt segue na cruzada pelo que é certo e justo.


Hayley Atwell e Tom Cruise em cena de Missão Impossível: Acerto de Contas (Parte 1)
Divulgação/Paramount Pictures

MI7, no entanto, não amarra tão bem sua história quanto seus antecessores mais recentes. A IA como vilã até é uma sacada legal, mas que não é tão ameaçadora quanto o filme faz parecer, principalmente quando tenta dar um aspecto de divindade a ela. Resta a Gabriel (Esai Morales) ser a representação física da Entidade, mas ele soa mais como um capanga qualquer que também está sendo apenas usado por ela.


Somado a isso, temos ainda um certo escanteio da equipe com Luther (Ving Rhames) e Benji (Simon Pegg), que não participam tão ativamente quanto nos anteriores. A Grace de Hayley Atwell é ótima, criando uma excelente dinâmica com Ethan. Já Ilsa Faust, a melhor personagem feminina de toda a franquia, merecia muito mais do que o tratamento que Acerto de Contas (Parte 1) dá a ela.


Mesmo que derrape na história com algumas escolhas do roteiro, Missão Impossível: Acerto de Contas (Parte 1) ainda se consolida como mais uma ótima parcela da franquia porque o nível de concepção, execução e resultado das sequências de ação é de uma excelência e de uma inventividade de se invejar, e que entregam um espetáculo em grande escala e que, mais uma vez, empolga muito.


Tom Cruise em pôster de Missão Impossível: Acerto de Contas (Parte 1)

Missão Impossível: Acerto de Contas (Parte 1)

Ano: 2023

Direção: Christopher McQuarrie

Elenco: Tom Cruise, Hayley Atwell, Ving Rhames, Simon Pegg, Rebecca Ferguson e Esai Morales.


A trama desliza em alguns momentos, mas ninguém faz e pensa a ação com tanto espetáculo e empenho como Tom Cruise.


Nota: 4/5

Opmerkingen


bottom of page