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A Verdadeira Dor explora os incômodos e as dores não ditas

Foto do escritor: Fabrício GirãoFabrício Girão

Novo filme da Searchlight Pictures chega aos cinemas nesta quinta com duas indicações ao Oscar: Melhor Ator Coadjuvante e Melhor Roteiro Original.

Divulgação/Searchlight Pictures
Divulgação/Searchlight Pictures

Há uma ponte muito interessante que A Verdadeira Dor, filme da Searchlight Pictures que chega aos cinemas brasileiros nesta semana e que recebeu duas indicações ao Oscar, constrói ao tentar traçar uma relação entre as dores do passado, representadas no filme pela memória dos horrores do Holocausto, com as dores (entre muitas aspas, já que a comparação é injusta) contemporâneas.


É nessa catarse que os primos David (Jesse Eisenberg) e Benji (Kieran Culkin) se veem inseridos quando viajam até a Polônia para homenagear a memória da falecida avó, uma mulher judia que deixou seu país com destino aos Estados Unidos durante a guerra.



David e Benji são extremamente diferentes entre si, com o primeiro sendo mais contido, neurótico e o segundo sendo totalmente espontâneo e livre, mas carregam uma dor parecida no sentido de entender que poderiam ter mais da vida. David parece ter "dado certo", com um trabalho estável, esposa e filha em Nova York. Já Benji é o clássico exemplo de quem "deu errado", não tendo conseguido aproveitar as oportunidades de criar algo de significativo para si.


Só que a humanidade que a dupla de atores e que o ótimo roteiro de Eisenberg dão aos personagens os coloca além desse molde de sucesso social. Benji gostaria ser bem sucedido como o primo, mas David também inveja a liberdade e a facilidade com que Benji cativa e conquista as pessoas. Isso fica evidente durante a viagem, onde a convivência após um tempo separados os força a confrontar o que eles admiram e o que eles detestam um no outro.



E a beleza de A Verdadeira Dor se revela ao apontar que além de não existir resposta certa para a vida, todos carregam em si dores escondidas que nem sempre chegam à superfície, ficando expostas para quem está ao redor. Mas quando há sobrecarga e uma necessidade de extravasar, o texto de Jesse Eisenberg se mostra sensível e Kieran Culkin mostra as nuances de sua atuação, preenchendo a dor compartilhada de acolhimento.


É um filme singelo, e que pode até ser ingênuo em sua abordagem, mas que traz humanidade e sensibilidade ao falar sobre as dores cotidianas dos personagens, e como eles se sentem quando colocam em perspectiva suas histórias com a história de sua família.



Pôster oficial de A Verdadeira Dor

A Verdadeira Dor

Ano: 2024

Direção: Jesse Eisenberg

Elenco: Jesse Eisenberg, Kieran Culkin, Jennifer Grey, Liza Sadovy, David

Oreske, Kurt Egyiawan e Will Sharpe.


Culkin e Eisenberg trazem humanidade para personagens que compartilham dores muito cotidianas.


Nota: 4/5

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Foto de Fabrício Girão, criador do AD

FEITO POR FABRÍCIO GIRÃO

@fabriciogiraob

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